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Muito Amor, Luz e Harmonia.



quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Mestre Espiritual


Ofereço minhas sinceras reverências a meu querido Mestre Espiritual Srila Bhakti Sundhar Govinda Devi Goswami Maharaja, também peço suas benções para falar de assuntos tão elevados como estes, que começarei a tratar nesse blogger.
Parto do que acredito ser o nível mais alto, o Mestre Espiritual, então presto reverências também a meu querido Mestre Avô Srila Bhakti Raksak Sridhar Devi Goswami Maharaja e a todos meus Mestres Instrutores, a os Seres de Luz, aos Irmãos e Irmãs das estrelas, de Gaia do seu exterior e interior que estão aqui servindo a Suprema Consciência Divina, auxiliando as mudanças planetárias.
Vou transcrever um trecho de seu livro Sri Guru e Sua Graça, de Bhakti Raksak Sridhar Devi Goswami Maharaja, capitulo um:
Mesmo os grandes eruditos sentem-se perplexos ao tentar compreender o que é bom e o que é mau, o que devem aceitar e o que devem rejeitar.  (Kim karma kim akarmeti kavayo'py atra mohitah).  Até os grandes sábios falham em entender quais são suas verdadeiras necessidades.  Este mundo material é uma selva de perplexidade, onde a alma tem aceito muitos diversos tipos de corpos em diferentes formas de consciência.  Nas Leis de Manu está escrito:
jalaja nava laksani
sthavara laksa vimsati
krmayo rudra-sankhyakah
paksinamdasa laksanam
trimsal laksani pasavah
chatur laksani manusah

Existem novecentas mil espécies de seres aquáticos, dois milhões de espécies de árvores e plantas, um milhão e cem mil espécies de insetos e répteis, um milhão de espécies de aves, três milhões de espécies de animais quadrúpedes e quatrocentas mil humanas.  Manu diz que as árvores estão em tal posição desamparada como resultado de seu próprio carma.  Seus sentimentos de prazer e dor são similares aos nossos.  Suas almas não são inferiores às nossas; entretanto, como resultado de seu próprio carma, encontram-se numa situação tão deplorável.  Elas não podem culpar ninguém, além de si mesmas.  Este é o quadro que se nos apresenta neste mundo externo.
Vivemos em um ambiente afetado por sérios equívocos, incompreensão, desorientação e mau comportamento. Como poderíamos determinar o que é bom e o que é mau, a que devemos aspirar e o que devemos rechaçar? Inúmeras propostas têm aflorado nas massas e vêm influenciar-nos.  E quando este setor, coberto pela ilusão e influenciado por falsos conceitos, está pleno de tanta diversidade, como podemos ter a esperança de conhecer o ilimitado mundo espiritual de Vaikuntha?  Com que atitude devemos aproximar-nos desta dimensão transcendental, situada além da região dos sentidos e da mente (adhoksaja)?
Devemos aceitar qualquer caminho e qualquer conexão que nos ajude a entrar nessa dimensão.  Devemos tentar estabelecer até mesmo a mais sutil ligação com essa meta perfeita de nossa inata aspiração.  Estamos desvalidos, encontramo-nos sem esperanças em meio a decepções.  Estamos em extremo perigo.  Confiamos em nosso livre-arbítrio, em nossa capacidade de selecionar nosso próprio bem; porém, essa capacidade é minúscula e frágil para nos servir de guia.  Em meio a quanto perigo nos encontramos! Tudo à nossa volta é testemunha desse perigo. Quão importante é um guru genuíno, que possa guiar-nos a nosso verdadeiro bem-estar!
Encontramo-nos em meio a diferentes forças, que nos arrastam e atraem a diferentes direções.  Então uma orientação apropriada é a coisa mais valiosa e importante para todos nós.  Se aceitarmos diretrizes de toda e qualquer parte, seremos desencaminhados.  Portanto, devemos ser cuidadosos de conseguir a orientação apropriada.  No Bhagavad-gita, O Senhor Krishna nos deu esta orientação:
tad viddhi pranipatena
pariprasnena sevaya
upadeksyanti te jnanam
jnaninas tattva-darsinah

"Para compreender o conhecimento transcendental, aproxima-te de um Ser auto-realizado, aceita-o como teu mestre espiritual e recebe iniciação dele.  Indaga dele submissamente e rende-lhe serviço.  As almas auto-realizadas podem transmitir-te conhecimento, porque viram a verdade."

Aqui o Senhor Krishna estabelece um padrão pelo qual poderemos compreender, de uma fonte fidedigna, o que é o quê.  O critério para medir a verdade ou a inverdade não deve provir de um plano vicioso e vulnerável, mas de um plano real.  Para compreender isso, devemos possuir estas três qualificações: pranipat, pariprasna e seva.  Pranipat significa que devemos render-nos a esse conhecimento, pois não se trata de um conhecimento ordinário, que possamos, como sujeitos, torná-lo nosso objeto, Ele é supra-subjetivo. Neste mundo material podemos ser os sujeitos, porém temos que nos converter em objetos para ser manipulados pelo supra-conhecimento daquele plano.
 
Pranipat também significa que a pessoa se aproxima de um mestre espiritual, dizendo-lhe: "Encerrei a experiência deste mundo externo. Não me sinto encantado por nada que pertença a este plano através do qual tenho viajado.  Agora ofereço-me exclusivamente em seu altar.  Desejo obter sua graça".  É nesse espírito, que devemos nos aproximar deste conhecimento superior.
 
Pariprasna significa indagação honesta, sincera.  Não devemos questionar com tendência à discussão ou em humor de controvérsia, senão que todos nossos esforços devem concentrar-se em uma linha positiva para compreender a verdade, sem espírito de dúvida e suspeita.  Devemos tratar de entender essa verdade com plena atenção, porque provem de um plano mais elevado de realidade, que nunca conhecemos.
 
Por último, encontra-se sevaya, ou serviço.  Esta é a coisa mais importante.  Não tentamos receber este conhecimento para obter ajuda daquele plano, e nem poderemos utilizar essa experiência para viver aqui; pelo contrário, devemos comprometer-nos a servir aquele plano.  Unicamente com essa atitude poderemos aproximar-nos daquele plano de conhecimento.  Devemos prestar serviço a este conhecimento superior.  Não devemos fazer com que ele nos sirva.  Senão, não nos será permitido entrar naquele domínio.  O conhecimento absoluto não virá servir este plano inferior.  Devemos oferecer-nos para que ele nos utilize, e não tentar utilizá-lo para nossos fins egoístas ou para satisfazer nossos propósitos inferiores.
 
Devemos dedicar-nos a esse conhecimento absoluto na modalidade de serviço.  Ele não se ocupará em satisfazer nossos baixos instintos animais.  Assim, pois, com essa atitude, poderemos buscar o plano do conhecimento verdadeiro e receber a compreensão apropriada, e então poderemos saber o que é o que e ter uma avaliação correta de nosso meio.
 
Isso é cultura Védica.  O conhecimento absoluto sempre se transmitiu tão-só por este processo, e nunca pela abordagem intelectual.  Srila Prabhupada Bhaktisiddhanta costumava citar a analogia da abelha: o mel está dentro de um pote fechado com uma rolha e a abelha já pousou.  Lambendo a garrafa a abelha tenta provar o mel. Assim como a abelha não pode saborear o mel enquanto lambe o pote de vidro por fora, tampouco o intelecto pode aproximar-se do mundo do espírito.  Podemos pensar que o conseguimos, mais isso não é possível.  Há uma barreira que é como o vidro do pote.  As conquistas intelectuais não são verdadeira aquisição de conhecimento superior.  Só através da fé, da sinceridade e da dedicação, poderemos nos aproximar dessa dimensão superior e tornar-nos parte.  Somente poderemos ingressar nesse plano superior se nos derem um visto e nos admitirem. Assim poderemos entrar nessa terra de vivência divina.
 
Portanto, um candidato deverá possuir essas três qualificações, antes de poder aproximar-se da verdade que se encontra no plano superior da Realidade Absoluta.  Ele só pode aproximar-se da Verdade Absoluta com uma atitude de humildade, sinceridade e dedicação.  Encontramos afirmativas similares no Srimad-Bhagavatam e nos Vedas. Nos Upanisads se diz: tad vijnanartham sa gurum evabhigacchet samit panih srotriyam brahma nistham - "Aproxima-te de um mestre espiritual.  Não te dirijas a ele com uma atitude vacilante ou negligente, senão que com um coração limpo e fervoroso."

O conhecimento Védico tem essa característica, para adquiri-lo deve se aceitar um mestre, isso acontece de certa forma aqui também, quantos mestres já tivemos, em tantas disciplinas diferentes, mais há uma particularidade que é o “parampara”, sucessão de mestres, no caso do Mestre Espiritual a fonte original é O Avatar Sri Krishna, A Suprema Personalidade de Deus.

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