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Muito Amor, Luz e Harmonia.



sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Jesus e o Vegetarianismo


“Minha família cita Jesus dizendo que não é o que entra pela boca...” para justificar comer carne.  Como posso sentar à mesa com eles vendo-os comer carne e sangue?”


Aceite meus respeitos Vaishnavas.

Não sofram muito com essa história da carne.  As pessoas que desejam comer carne o farão e encontrarão justificativa para isso em suas escrituras. Há religiões neste mundo de todos os níveis, até mesmo algumas que justificam matar seres humanos em sacrifício e comer pedaços de seu corpo. 

Mas o exemplo vivo fala mais alto do que tudo que os apóstolos afirmaram que o Mestre Jesus disse muitas décadas depois que ele foi morto cruelmente pelo povo que veio tentar comover com sua mensagem de amor puro a Deus. 

O ponto é que Jesus era ele mesmo vegetariano, por ter sido um judeu essênio (os essênios são vegetarianos até hoje).  Ele se disse ser o “cordeiro de Deus” no meio de uma civilização que matava os cordeiros e os oferecia a Deus no altar de Mu para depois comê-los (sem o sangue, já que a Biblia afirma com todas as letras legíveis que “o sangue não é alimento para os homens”).  Na Santa Ceia, Jesus substitui o sangue pela “vinha” e a carne pelo “pão”. E, como “cordeiro” de Deus, disse: “Este é meu corpo (o pão), comei, e este é meu sangue (a vinha), bebei.”

Mas aqueles que adquiriram o vício físico de comer sangue têm muita dificuldade para enxergar o mal (físico e espiritual) de matar (não matarás) uma criatura de Deus para comer pedaços de seu corpo morto e em putrefação.

Contudo, podemos nos sentar à mesa com pessoas que comem carne, que se intoxicam com as frutas fermentadas para enlouquecerem pouco a pouco, e que praticam outros atos prejudiciais à sua própria vida material e espiritual e não nos envolvermos nessas atividades, mas falarmos de Krishna para que eles desenovlvam sukriti (mérito espiritual) para que possam avançar no caminho da vida espiritual. 

A afirmativa de que “Não é o que entra pela boca...” é facilmente contestada fora do foro escritural, pois o que entra pela boca contamina o corpo e a mentalidade do homem sim: bebidas alcoólicas são responsáveis pela propagação da degradação moral e pelo aumento da violência no temperamento humano, para não falar de outras drogas que a sociedade prefere manter na “ilegalidade”; além disso,  ingerir veneno mata o homem. 

Claro que Jesus fala de uma pureza interior que antecede a pureza dos hábitos externos ao mencionar que “Porque do coração procedem os maus pensamentos, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias...” e apenas ser vegetariano não garante que a pessoa será do bem.  Mas, pensamos que ser do bem inclui, entre tantas outras coisas, ser vegetariano e praticar, desse modo, o amar ao próximo (que inclui todas as criaturas de Deus).

Pela graça injustificada de Deus, obtivemos a associação de Mestres que nos permitem ter uma visão de que também sai da boca algo que se assemelha ao que entra pela boca, ou seja, quem consome cadáveres, mortos, defuntos, terá mau hálito, cáries e má digestão e falará palavras mortas, defuntas, sem vitalidade e sem verdadeiro amor. Como pode alguém falar em amor e não ter a sensibilidade de ver o sofrimento daquela criaturinha de Deus, chorando ao ser morta cruelmente, para satisfazer seu gosto pelo sangue? Como condenar a violência que grassa na sociedade humana e não perceber que ela se enraíza na violência que as pessoas servem no desjejum, no almoço e no jantar?

Como disse Leonardo da Vinci, “Um dia, os seres humanos terão a sensibilidade de perceber que matar um animal é igual a assassinar um ser humano, e todos se tornarão vegetarianos.”

A civilização Ocidental evoluiu um pouco nos últimos dois mil anos.  Hoje, as pessoas não vão às arenas para ver pessoas devoradas por leões e nem povoam as beiras das estradas de homens pendurados em cruzes morrendo aos poucos. Hoje, podem obter informação científica dos malefícios de comer a carne dos animais repleta de sangue com suas toxinas, vacinas, hormônios e outros ingredientes prejudiciais à vida.

Mas, no momento em que forem tocadas por uma gota que seja do amor puro de um devoto puro por Krishna e por Suas belas criações, terão grande respeito pela vida e oferecerão a Krishna, antes de comer, até mesmo as frutas, legumes e grãos que precisam comer para manter-se vivo no dia a dia (“Eu vos dei as plantas que dão semente e frutos como alimento”).

Todas as criaturas de Deus merecem nosso afeto. E nós crescemos espiritualmente se formos capazes de nos relacionarmos com o meio ambiente de modo amoroso, humilde, respeitoso, sincero e por meio da fé nos ensinamentos mais elevados, independente de credo

Afetuosamente,

Bhuvana Mohandas

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